sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Como surgiu a abreviação das palavras na linguagem da web?



Os motivos para o uso da abreviação e até mesmo o surgimento dessa modalidade de escrita são bem simples:

  • A necessidade de inserir a oralidade no meio digital:  
No meio jovem a facilidade de escrever de uma maneira descomplicada, traz consigo a necessidade da oralidade na escrita,assim como as onomatopeias nos quadrinhos,surgiram na internet novas expressões e palavras para representar sons da língua falada, alguns desses sons são apresentados de maneira simplificada, abreviada.


  • Para expressar risadas ou gargalhadas, por exemplo, usam-se sons que ligam a escrita à fala, as consoantes são aplicadas repetidamente com a finalidade de mostrar uma expressão oral, veja abaixo alguns exemplos:
Rsrsrs: significa risos, representa um riso mais discreto, algo comum.

Kkkkkk:o K representa gargalhada,repetindo o muitas vezes apresenta como se a pessoa estivesse tendo um ataque de risos.

Blz: significa beleza, trata se de um cumprimento mais informal.


  • Economia de tempo:
A pressa e a correria fazem com que na internet, a escrita seja simplificada, criando assim algumas abreviações capazes de economizar tempo, no meio jovem essa economia de tempo deve se também a necessidade de conversar em tempo real com os amigos, nas conversas de chats ou MSN, por exemplo, o adolescente se relaciona com muitas pessoas ao mesmo tempo, a conversa torna se como que oral obrigando o a conversar em tempo real com todos, por isso o motivo das abreviações.






A escrita abreviada do internetês prejudica a compreensão na leitura?



Quando falamos de indivíduos que dominam e escrevem o mesmo código de linguagem e usam dos mesmos meios de comunicação, não há muita dificuldade na compreensão, pois já é algo cotidiano. Mas ao se tratar de uma pessoa que nunca antes tenha empregado a linguagem como a que os adolescentes usam na internet, pode se confundir e não entender nada, considerando assim erro gramatical.



Professores, pais e mães, podem achar que se trata de uma maneira errada de escrever, mas o internetês não deve ser compreendido como uma forma que destrói a gramática,devemos considerar as diversas formas de escrita e fala até mesmo fora do ambiente virtual,lembrando que cada maneira de escrever vem acompanhada de um ambiente e um suporte para ser veiculada, é também destinada a um público especifico que irá ler e interpretar a mensagem proposta.



A escrita na internet, assim como a escrita dos jornais,revistas, bilhetes ou anúncios publicitários, deve ser compreendida como gênero textual, perdendo então a noção de erro.



Dicionário Internetês



Fenômeno que se espalhou pelas salas debate-papo (os famosos chats) da Internet com o advento comunicação propiciada pela era da informática. É uma escrita que não segue a grafia normal da língua e que em muitos momentos lembra as abreviaturas que nós mesmos criamos para notas pessoais de uma aula ou de uma conferência, na tentativa de reduzir ao máximo o tempo de escrita, concentrando-se na informação. 



"Os internautas, especialmente os jovens, desenvolveram esse novo sistema de escrita que acabou sendo chamado de internetês, embora não seja uma ?língua?, mas apenas um modo de grafar as palavras."(extraído do texto "Você entende internetês?" de Carlos Alberto Faraco - UFPR)Existem milhares de abreviações e não há limite, nem controle para essa forma de comunicação. É a linguagem da informação, não se preocupando com a grafia, sintaxe, regência e semântica.



"td blz?" = Tudo beleza?"axu q tb naum vo hj" = Acho que também não vou hoje."te+!!! abs!!!" = Até mais!!! Abraços!!!"pq, pdc, sqn" = por que, podes crer"

"sqn" = só que não (indica negação)








































http://linguadedoido.blogspot.com.br/2008/07/dicionrio-de-internets.html

Dicionário Internetês

Fenômeno que se espalhou pelas salas debate-papo (os famosos chats) da Internet com o advento comunicação propiciada pela era da informática. É uma escrita que não segue a grafia normal da língua e que em muitos momentos lembra as abreviaturas que nós mesmos criamos para notas pessoais de uma aula ou de uma conferência, na tentativa de reduzir ao máximo o tempo de escrita, concentrando-se na informação. 
"Os internautas, especialmente os jovens, desenvolveram esse novo sistema de 

escrita que acabou sendo chamado de internetês, embora não seja uma ?língua?, mas apenas um modo de grafar as palavras."

(extraído do texto "Você entende internetês?" de Carlos Alberto Faraco - UFPR)

Existem milhares de abreviações e não há limite, nem controle para essa forma de comunicação. É a linguagem da informação, não se preocupando com a grafia, sintaxe, regência e semântica.


"td blz?" = Tudo beleza?


"axu q tb naum vo hj" = Acho que também não vou hoje.

"te+!!! abs!!!" = Até mais!!! Abraços!!!

"pq, pdc, sqn" = por que, podes crer"

"sqn" = só que não (indica negação)










http://linguadedoido.blogspot.com.br/2008/07/dicionrio-de-internets.html

‘’A linguagem digital no ambiente escolar, um estudo sobre o internetês’’

   Internetês é um neologismo de internet + o sufixo ês,designa uma certa linguagem escrita veiculada na internet,em blogs,chats,conversas de MSN e coisas do gênero.
  No internetês as palavras são abreviadas,as vogais em alguns casos se tornam ausentes,surgem novas palavras que representam por exemplo cumprimentos ou expressões do cotidiano,usa se muito da fonética para expressar sons.  Essa maneira de escrever, tornou-se tão popular no meio jovem que é difícil achar alguém que nunca tenha escrito, mesmo que sem querer, algo como: vc,tmbm,vlw,rsrsrs.


  As opiniões sobre essa modalidade de escrita dividem-se, os mais conservadores e amantes assíduos da norma culta, defendem a tese de que essa linguagem atrapalha o aprendizado do bom português escrito, já os jovens e alguns estudantes de linguagens e códigos, dizem que o mundo virtual e o real não se misturam, ou seja, não há influencia negativa do internetês sobre o aprendizado do português, da norma culta e da gramática tradicional.


Museu da Língua Portuguesa

http://www.museudalinguaportuguesa.org.br/

A LEITURA E A ESCRITA NA ESCOLA E OS DESAFIOS ATUAIS

Um bom trabalho que avalia os desafios do ensino no cotidiano.




Em uma sociedade letrada as crianças se relacionam com a linguagem escrita, percebendo sua utilização, características e modalidades, muito antes de seu ingresso na escola. Aprender a ler significa aprender a ler o mundo, dar significado/significado a ele. Diante deste contexto, o trabalho proposto, objetiva elencar as principais concepções que norteiam o processo de leitura e escrita.
Como marco teórico inspirou-se nos estudos de Vygotsky, Freire, Cagliari, Ferreiro, Sole, Castro, Barbosa, entre outros. Quanto aos suportes metodológicos, utilizou-se a pesquisa bibliográfica interpretando-a como a busca de significação do conteúdo teórico exposto pelos pesquisadores da área e da descoberta dos contextos em que estas se fizeram.
A escolha desse recurso “reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente” (GIL, 1994). Ao término deste trabalho é possível afirmar que a leitura esta estritamente relacionada à escrita, mas sua aprendizagem esta tradicionalmente ligada aos atributos lingüísticos, culturais, sociais.
Apesar das transformações ocorridas ao longo dos séculos, poucas mudanças ocorreram, pois muitos educadores ainda estão apegados a uma prática formalista e mecânica onde aprender a ler/escrever acaba sendo para a maioria dos alunos a decorreba de signos lingüísticos, pois não há uma decodificação das palavras, lê-se apenas por ler, sem saber o que está lendo e porque está lendo, não há um significado para tal, o mesmo ocorre com a escrita.

Leitura, escrita e letramento digital com Ana Elisa Ribeiro e Carla Viana Coscarelli

Neste bate-papo Ana Elisa e Carla Coscarelli falarão um pouco sobre os conceitos fundamentais para entender as práticas de leitura e escrita do mundo digital.



quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A escrita digital e suas consequências



A palavra escrita no papel está ameaçada de extinção pelo computador - e isso pode não ser bom para o ensino


04/08/2011 13:00 
Veja

Foto: Em 13 de maio de 1888 foi declarado o fim da escravidão no Brasil através da Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel
O hábito da escrita vem caindo em desuso à medida que o computador se dissemina

O momento em que o homem começou a expressar-se por meio da escrita, gravando caracteres em tabletas de argila há cerca de 5 000 anos, marca ofim da pré-história e a pedra fundamental das civilizações tal como as conhecemos hoje. Mas a maneira como desde então a humanidade vem perpetuando sua memória e transmitindo conhecimento de uma geração para outra pode virar peça de museu. Na semana passada, uma decisão tomada nos Estados Unidos veio reforçar essa ideia que tanto atormenta os (cada vez mais raros) entusiastas do lápis e do papel. Em ato inédito, o governo do estado de Indiana desobrigou as escolas de ensinar a escrita cursiva (aquela em que as letras são emendadas umas nas outras) e recomendou que elas passassem a dedicar-se mais à digitação em teclados de computador - decisão que deve ser acompanhada por outros quarenta estados seguidores do mesmo currículo. Oficializa-se com isso algo que, na prática, já se percebe de forma acentuada, inclusive no Brasil. Diz a VEJA o especialista americano Mark Warschauer, professor da Universidade da Califórnia: "Ter destreza no computador tornou-se um bem infinitamente mais valioso do que produzir uma boa letra". 

Ninguém de bom-senso discorda disso. Um conjunto recente de pesquisas na área da neurociência, no entanto, sugere uma reflexão acerca dos efeitos devastadores do computador sobre a tradição da escrita em papel. Por meio da observação do cérebro de crianças e adultos, verificou-se de forma bastante clara que a escrita de próprio punho provoca uma atividade significativamente mais intensa que a da digitação na região dedicada ao processamento das informações armazenadas na memória (o córtex pré-frontal), o que tem conexão direta com a elaboração e a expressão de ideias. Está provado também que o ato de escrever desencadeia ligações entre os neurônios naquela parte do cérebro que faz o reconhecimento visual das palavras, contribuindo assim para a fluidez na leitura. Com a digitação, essa área fica inativa. "Pelas habilidades que requer, o exercício da escrita manual é mais sofisticado, por isso põe o cérebro para trabalhar com mais vigor", explica a neurocientista Elvira Souza Lima, especialista em desenvolvimento humano. Isso só vem reforçar a complexidade do problema sobre o qual as escolas estão hoje debruçadas. 

Na Antiguidade, os egípcios tinham nas letras um objeto sagrado, inventado pelos deuses. Sinônimo de status, a caligrafia irretocável foi  séculos na China um pré-requisito para ingressar na prestigiada carreira pública. No Brasil, a caligrafia constava entre as habilidades avaliadas nos exames de admissão do antigo ginásio até a década de 70, e era ensinada com esmero na sala de aula. O hábito da escrita vem caindo em desuso à medida que o computador - cujo primeiro chip foi traçado pelo americano Gordon Moore de posse de um velho lápis - se dissemina. Até aqui, foi a palavra eternizada em papel (ou pedra, pergaminho, papiro) que se encarregou de registrar a história da humanidade, não raro em garranchos deixados por seus protagonistas (veja ao lado). O computador traz uma nova dimensão à aquisição de conhecimento e à interação entre as gerações que chegam aos bancos escolares. Para elas, escrever a mão corre o risco de se tornar apenas mais um registro do passado guardado em arquivo digital.

Reportagem da revista Educar para crescer.